terça-feira, 16 de março de 2010

Na língua deles

Em Santa Vitória do Palmar havia uma tabacaria de um amigo que se localizava bem na esquina de uma praça da cidade. E nessa praça havia os chamados: Os Loco da praça. Loucos mesmo, bem loucos da cabeça. Havia o "Caco" que era fanho, o "Denden" um orelhudo muito engraçado, o mendigo "Paraíba", o "Ioio" sempre muito simpático, e o personagem desta história que vou contar: o "Mario Doce" que sempre andava com um quepe do Exército.

Esses loco da praça sempre andavam também na frente da tabacaria de meu amigo batendo um papo muito loco e sem nexo, mas meu amigo, claro, sempre dava atenção e batia um "papo cabeça" com eles, saía cada coisa.

Um dia chega o Mario Doce e começa a conversar com o meu amigo em frente a tabacaria para olhar o Circo que vinha passando pela rua principal da cidade. Nisso passa um caminhão com uns Leões dentro da jaula e o Mario Doce fala:

- São brabícimos...
- O que Mario Doce???
- Vim com Eles...
- O que???
- Os Ciganos...
- Que Ciganos Mario Doce???
- Que tão lá naquele campo...
- Ahhhh, o que que tem eles?
- Fui lá, quando cheguei o Cigano puxa uma arma e me diz: arrira arrira uina arrira...
- O que que ele falou???
- Dinheiro ou La vida, na língua deles!
-A é Mario Doce... e o que que tu fez?
- bahh, dei-lhe um chute na mão que ele tava segurando a arma, a arma salto eu peguei ela no ar e apontei pra ele e disse:

- Não te do dinheiro nem La vida e nem coisa nenhuma, vamo direto pra polícia!
- Bah Mario Doce, que corajoso que tu é...
-Comigo ninguém se mete!

(detalhe: e os leões???)

Um comentário:

  1. O Cássio faltou coisa aí na história dos leõs, depois vou reescrever e te mando e tu troca viu. hahahahahahaha

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